Pediste-me Tu... Amiga, não por Ti, mas por Ela!

Pediste-me tu… Amiga,
Que escreve-se um poema em ti
Escrito para ti, repleto de poesia!
Mas seria outra se o fizesse... hoje não poderia!
Descuidava a amizade na tua bem merecida.
Agora não… Não hoje… não agora!
Hoje não me prende a flor que reflectes,
Apenas relembro das rosas desfolhadas e… acabadas!
Aquelas pétalas folhadas por renascer.
Agora… Não por ti! Mas por ela!
Mas em especial momento em que te poderei dedicar ou escrever,
Para ti algum poema merecedor dos teus olhos…
Escreverei nos teus abraços uma amizade,
Merecedora de ti.
Mas se já o fiz…
Bem sei, não por ti… Amiga!
Sei que também o és, mas… também ela o foi!
Martírio meu, que já se foi… aguarda…
Já se perdeu na minha alma geminada que ainda existe!
Acalma….
Poderei descrever para ti um teu merecedor sorriso… só teu!
Mas não agora!
Como és,
Compreende amiga…
Agora ainda não estou preparada,
Para receber inovada alma geminada,
Noutro dia…
Em novo dia, descrever-te-ei!
Sentir-te hei!
Mas não hoje…
Hoje nem me sinto merecedora
De qualquer amizade duradoura.
Já cá não mora, o que existiu outrora!
Partiu e foi embora!
Nunca o quis…
Punhal da aurora!
Estarei para ti… Mas em nova hora,
Aqui.
Prometo…
Mas não agora!

Hoje é para ela…

Carla Bordalo